O concelho de Valongo tem fortes ligações aos Romanos.
Existem não só os «Trilhos do Paleozóico», percursos campestres com cerca de 15 Km, que percorrem as Serras de St.Justa e Pias, mas também minas de ouro que foram exploradas pelos romanos no século I d.C.
A visita de estudo realizada no dia 12 de Março, tinha como principais objetivos explorar o Fojo das Pombas e os trilhos da serra de St.Justa.
- CENTRO INTERPRETATIVO AMBIENTAL DE VALONGO
Após sairmos da escola, dirigimo-nos para o Centro Interpretativo Ambiental de Valongo, onde observamos uma apresentação sobre os vários fojos que existem em Valongo e sobre as serras de St.Justa e Pias, principalmente sobre a sua fauna e flora. Em primeiro lugar, as responsáveis do centro falaram sobre as caraterísticas de Valongo na era Paleozóica, e em segundo lugar na era atual.
Aqui aprendemos a história geológica de valongo, nomeadamente, a formação do anticlinal assimétrico. A cadeia montanhosa de Valongo deve-se ao recuo do mar e da ação tectónica que dobrou os materiais.
|
Ana Roque, 2015 |
|
Professor Luís, 2015 |
|
exemplo de alguns fósseis Ana Roque, 2015
|
FOJO DAS POMBAS
Ao chegarmos ao local, foram-nos dadas algumas indicações de segurança e distribuidos capacetes de proteção.
|
Luís Teixeira, 2015 |
|
Luís Teixeira, 2015 |
|
Luís Teixeira, 2015 |
Antes de entrarmos no fojo propriamente dito, identificamos a flora existente no seu exterior, nomeadamente os fetos caraterísticos desta região.
|
1,4-abertura do fojo; 2- fetos; 3-poço Luís Teixeira, 2015 |
Posteriormente, percorremos as galerias do fojo das pombas com o auxílio de uma guia.
|
Luís Teixeira, 2015 |
O fojo das pombas localiza-se a cerca de 300m do centro interpretativo ambiental, e é conhecido como sendo o mais emblemático de Valongo.
A mineralização em valongo tem dois tipos de estruturas: estruturas verticas- fojos; e estruturas horizontais-galerias e poços que serviam de arejamento. O ar dentro das minas é mais intenso e carregado, devido à forte humidade e à existência de raízes de eucalipto.
No teto das galerias existem várias estalactites e estalagmites, como se pode observar na imagem seguinte.
|
estalactite Luís Teixeira, 2015 |
Nas paredes pode ser observado o local onde de onde foi retirado o filão, a direção do filão é que dita a tomar pelos mineiros. Nesta região o ouro aparece misturado com o quartzo branco, em cerca de uma tonelada de quartzo existiria o equivalente a um pacote de açúcar de ouro (5g /6g).
Este tipo de estruturas, os fojos, são habitats de várias espécies, pois oferecem condições favoráveis, como o ambiente/clima e segurança/refúgio.
A seguir almoço exploramos um dos inúmeros trilhos paleozóicos existentes na serra de St.Justa.
Ao longo de todo o percurso, observamos mais algus fojos, fosséis/pegadas/marcas de ondulação. Também foi possível identificar certos fenómenos geológicos, como deslocamento de massas e génese dos solos, e ainda fenómenos climáticos carateristicos desta região-microclimas- diferenças de temperatura e de humidade.
Ao percorrermos estes trilhos temos que ter atenção porque existem vários fojos encobertos pela vegetação e que podem ser perigosos, pois têm uma grande profundidade.
|
pequeno fojo Luís Teixeira,2015 |
|
Ripple marks Luís Teixeira, 2015 |
Os ripple marks são marcas do movimento do fundo do mar.
|
marcas do deslocamento de massa Luís Teixeira,2015 |
Deslocamento de massa é um fenómeno geológico que inclui movimentos do solo, tais como, quedas de rochas. A ação da gravidade sobre as encostas demasiado inclanadas é um dos principais fatores para ocorrerem este tipo de fenómenos.
|
escombreira João Cardoso, 2015
|
Uma escombreira é um local onde os romanos realizam a lavagem dos materiais que retiram dos vários fojos.
|
Luís Teixeira, 2015 |
Nesta imagem pode-se observar a sobreposição de estratos de rochas meta-sedimentares.
|
Luís Teixeira, 2015 |
Nesta imagem consegue observar uma falha normal, ou seja, o teto baixa em relação ao muro.
Neste passeio foi-nos possível não só aprender e consolidar conteúdos relacionados com a disciplina, mas também conviver-mos como turma.
|
Luís Teixeira, 2015 |
|
Luís Teixeira, 2015 |
|
Ana Luzia, 2015 |
|
Ana Luzia, 2015 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário